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v.2, n.1, janeiro–abril 2011

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Capa - v.2, n.1, janeiro-abril e maio-agosto 2011

Carta aos Leitores

As variedades do Capitalismo contemporâneo e suas características relacionadas ao desenvolvimento e inovação é tema central do volume dois da Revista Desenvolvimento em Debate. Os artigos escolhidos trazem perspectivas diferenciadas sobre o papel do Estado Desenvolvimentista na conquista de posições importantes como a liderança de determinados setores da economia internacional. Aquele que parecia aniquilado nas discussões após o Consenso de Washington, ressurge como elemento diferenciador e indutor de desenvolvimento. O Estado Desenvolvimentista não só não desaparecera da práxis dos Estados contemporâneos, mas também é ele o grande vetor de conquistas importantes para as sociedades e destaque no incentivo ao desdobramento de vários campos de conhecimento. Os BIC – Brasil, Índia e China- ganham destaque neste momento como alternativa para os padrões convencionais de desenvolvimento baseados em combustíveis fósseis e afloram como países com aspectos de sustentabilidades importantes e de economias com traços de “esverdeamento” consistentes.

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A volta do Estado: aprendendo com os BIC? O Estado de transformação: volta, renovação, ou redescoberta? – Linda Weiss

A volta do Estado: aprendendo com os BIC? O Estado de transformação: volta, renovação, ou redescoberta?

Linda Weiss

Resumo: A crise financeira global expôs a fraqueza da teoria econômica dominante e de políticas desregulatórias, maculou o modelo de laissez-faire do capitalismo, e precipitou uma reavaliação generalizada do papel do estado no controle do mercado. Enquanto a experiência dos BICs que oferece um poderoso modelo de ativismo do estado que transcende o Consenso de Washington, está em boa companhia. Um exame das experiências do passado e do futuro do Nordeste da Ásia (NEA) e dos Estados Unidos contesta, por um lado, vários mitos relativos ao pretenso desaparecimento do estado desenvolvimentista, e por outro, a chegada de um estado neoliberal. Enquanto o NEA oferece um modelo bem estudado do avanço industrial (catch-up) orientado pelo estado, que o neoliberalismo teria relegado ao lixo da história, os Estados Unidos fornecem um modelo substituto de supremacia tecnológica patrocinado pelo estado, que poucos desejam reconhecer.

Palavras chave: Papel do Estado, Estado Desenvolvimentista, Estado Híbrido, BIC, Estados Unidos

DOI – http://dx.doi.org/10.51861/ded.dmoz.2.001

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Os Bics e o Desenvolvimento Verde: como a China está forjando um novo modelo de desenvolvimento verde que o Brasil, a Índia e outros já estão copiando – John A. Mathews

Os Bics e o Desenvolvimento Verde: como a China está forjando um novo modelo de desenvolvimento verde que o Brasil, a Índia e outros já estão copiando

John A. Mathews

Resumo: Brasil, Índia e China (os BICs) estão orquestrando uma ‘Grande Convergência’ que vai de encontro aos dois últimos séculos da Grande Divergência que os separou do Ocidente. Nesse processo, os BICs estão tirando bilhões de pessoas da pobreza. Mas o modelo do capitalismo industrial que serviu tão bem ao Ocidente, e que mostrou ser um modelo também para os BICs, simplesmente não “se ajustará” para atender às aspirações de tantos. O modelo de industrialização que se apodera de recursos, e expande linhas de suprimento através de conquista armada, simplesmente não está disponível para os BICs, nem eles podem ter confiança em um modelo que os prende à dependência de combustível fóssil indefinidamente, mesmo que os suprimentos de petróleo e carvão cresçam e depois declinem, e as emissões de carbono se acumulem. Portanto, um novo modelo de capitalismo industrial tem de ser desenvolvido, e está sendo desenvolvido pela China em primeira instância, à medida que ela forja novos arranjos institucionais e novas estratégias de industrialização, baseadas em energias renováveis e tecnologias de baixa emissão de carbono; em iniciativas de economia circular; e em ecofinanças. Essas novas estratégias e instituições – na verdade, um novo modelo verde de capitalismo industrial – estão sendo forjadas enquanto a China também aumenta sua energia fóssil e demanda por suprimentos. Esse modelo verde de desenvolvimento, que envolve estabilidade, resiliência e segurança, oferecerá um atraente modelo para outros países, preferencialmente ao “engodo” do desacreditado Consenso de Washington – e em particular para o Brasil e a Índia, que já deram início a uma mudança com relação a uma estratégia de desenvolvimento verde. A grande pergunta não respondida, tanto para si próprios quanto para o mundo, é se eles irão sucumbir ao ‘lock-in de carbono’, como seus predecessores ocidentais.

Palavras Chaves: estratégias de desenvolvimento verde, estratégias de industrialização, China, India, Brasil, energias renováveis.

DOI– http://dx.doi.org/10.51861/ded.dmoz.2.003

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Emerging and hybrid: the cases of turkish and brazilian market economies – Isik Ozel

Emerging and hybrid: the cases of turkish and brazilian market economies

Isik Ozel

Abstract: This article examines the ways in which Turkish market economy has evolved into a hybrid form marked by illiberal characteristics. Exploring the dynamics of continuity and change in terms of institutional configurations, the article analyzes some of the major tensions between the old and new institutions in this emerging market economy which has attained remarkable levels of growth within the last decade even in the context of the ongoing global crisis. It draws comparisons between Turkey and Brazil regarding the emergence of hybrid varieties of capitalism in the transition from state-led development to market opening processes. The article asserts that compared to its Brazilian counterpart, the Turkish market economy is closer to patrimonial and statist market economies, rather than the liberal ones, and almost constantly goes through a vacillation between institutionalization and de-institutionalization.

Keywords: Varieties of capitalism, market transitions, illiberal market economy, Turkey, Brazil, BRICs

DOI – http://dx.doi.org/10.51861/ded.dmoz.2.005

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Conquistas e desafios das pesquisas com Células-Tronco no Brasil – Liliana Acero, Diogo Antunes

Conquistas e desafios das pesquisas com Células-Tronco no Brasil

Liliana Acero, Diogo Antunes

Resumo: O artigo apresenta os principais resultados obtidos da realização de um seminário que tratou das tendências econômicas e sociais nas pesquisas com células-tronco no Brasil e no mundo, bem como das relações entre ciência, sociedade, regulação, ética e políticas públicas. O seminário reuniu representantes da ciência, da academia, da regulação e da sociedade civil. Foram enumerados e discutidos os principais desafios éticos e de saúde pública na governança e na formação das instituições que possibilitem a translação dos resultados dessas pesquisas em terapias clínicas.

Palavras-chave:Pesquisas com Células-Tronco, Ciência e Sociedade, Governança.

DOI – http://dx.doi.org/10.51861/ded.dmoz.2.009

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