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v.2, n.2, maio–agosto 2011

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Capa - v.2, n.1, janeiro-abril e maio-agosto 2011

Carta aos Leitores

A inovação é mais uma vez tema de destaque nesta quarta edição eletrônica da Revista Desenvolvimento em Debate do INCT-PPED. As transformações da China ganham destaque nos dois primeiros artigos. O primeiro discutindo as transformações das relações comerciais entre Brasil e China na primeira década do Século XXI. A especialização assimétrica aparece como elemento chave na interação entre os dois países: o Brasil exportando principalmente bens primários e a China nos fornecendo bens manufaturados de baixa e média intensidade tecnológica. A especialização, em si, não seria ruim, mas o Brasil deve explorar e aproveitar todas as oportunidades de geração de riqueza diante daquelas disponíveis em seu território. As exportação em cadeias produtivas importantes propiciam a realização de bons negócios, para os dois países. A viabilidade destes negócios, entretanto, dependeria mais da políticado que do mercado.

O segundo artigo é focado na transformação em curso no grande país asiático. Classificações teóricas de capitalismo de estado versus mercado não explicariam o processo de reforma da economia sínica. A singularidade advém de fatores como uma história de formação, tanto do Estado, como do mercado, em circunstâncias inter-nacionais únicas associadas ao planejamento estratégico. O sucesso econômico da China explicar-se-ia por adaptações e inovações institucionais ao longo do processo de reforma. Os novos desafios também são abordados, destacando-se a transformação dos instrumentos de política para uma economia de serviços e de inovação 

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Brasil-China: um negócio da China ou para a China? – Antônio Márcio Buainain, Pedro Abel Vieira Junior

Brasil-China: um negócio da China ou para a China?

Antônio Márcio Buainain, Pedro Abel Vieira Junior

Resumo: O crescimento das relações comerciais entre Brasil e China nesta primeira década do Século XXI foi espetacular; configurou-se uma clara especialização assimétrica, na qual o Brasil exporta principalmente matérias primas agropecuárias e minerais e importa bens manufaturados de baixa e média intensidade tecnológica. O artigo sustenta que esta especialização não é, em si, ruim, pois um país da dimensão e com os recursos do Brasil deve explorar e aproveitar todas as oportunidades de geração de riqueza. Os chineses são compradores de soja, algodão, minério de ferro – produtos nos quais o Brasil é competitivo – e não de óleo de soja, têxteis e ferro. Estas exportações de cadeias produtivas importantes abrem oportunidades para a realização de bons negócios, da China, também para o Brasil, e não apenas para a China. A viabilidade destes negócios depende mais da política do que do mercado, mas só se concretizarão se a política não violentar o mercado.

Palavras-chave: Comércio Agrícola Brasil-China; Agronegócio; Exportações Agrícolas.

DOI – http://dx.doi.org/10.51861/ded.dmoz.2.001

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China: estratégias de modernização alternativa – Anna Jaguaribe

China: estratégias de modernização alternativa

Anna Jaguaribe

Resumo: Este artigo argumenta que a China é um caso único de transformação de economia centralizada em economia de mercado. As classificações teóricas usuais de capitalismo de estado VS mercado são parcas para explicar o processo de reforma da economia chinesa. A singularidade do caso chinês advém de múltiplos fatores entre os quais: uma historia alternativa de formação tanto do Estado como do Mercado, circunstâncias internacionais únicas, uma arguta visão de futuro associada ao planejamento estratégico. O sucesso econômico da China, dificilmente duplicável, se explica também pelos constantes ajustes, adaptações e inovações institucionais ao longo do processo de reforma. Este artigo argumenta que os novos desafios da China estão não tanto no desenvolvimento de um arcabouço institucional apropriado a economia de mercado, mas sim na transformação e adaptação dos instrumentos de política e das capacitações desenvolvidas durante a fase de cathing up para políticas e capacitações apropriadas para uma economia de serviços e de inovação.

Palavras-chave: Economia, Estado, Mercado, Estratégia.

DOI – http://dx.doi.org/10.51861/ded.dmoz.2.003

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Rethinking diffusion of vaccines: giving healthcare a better shot – Paulo Savaget

Rethinking diffusion of vaccines: giving healthcare a better shot

Paulo Savaget

Abstract: Vaccination is an area of rapid scientific and technological advance and is among the most successful public health interventions ever. However, for its potential to be met, innovation systems should not only make vaccines available: it is also essential that delivery systems suit social desires and local peculiarities. This work presents 2 cases of failures in diffusing vaccines, as social, cultural and political aspects were not well addressed throughout the campaigns. Lessons taken from these cases suggest that instead of focusing merely on increasing immunity, policies should integrate interdisciplinary bodies of knowledge and promote social engagement through bottom-up processes. These approaches are not only keener on improving acceptability and efficacy in delivering existing technologies, but also to create (and adapt) novelties based on local capabilities.

Keywords: Innovation Systems; Diffusion; Vaccines.

DOI – http://dx.doi.org/10.51861/ded.dmoz.2.005

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O contexto da organização da ciência, tecnologia e inovação: evolução histórica e perspectivas futuras para o melhoramento genético vegetal no Brasil – Marcos Paulo Fuck, Maria Beatriz Bonacelli

O contexto da organização da ciência, tecnologia e inovação: evolução histórica e perspectivas futuras para o melhoramento genético vegetal no Brasil

Marcos Paulo Fuck, Maria Beatriz Bonacelli

Resumo: O artigo apresenta um panorama histórico da evolução das atividades de pesquisa agrícola no país, com especial atenção às articulações público-privadas, de modo a (re)ocupar espaços em mercados competitivos. A busca por complementaridade nas atividades desenvolvidas entre os setores público e privado pode ser fonte de ampliação da competitividade, via inovações em seu sentido mais amplo, para as atividades agrícolas e agroindustriais.

Palavras-chave: Organização da Pesquisa Agrícola; Relações Público-Privado; Sistemas de Pesquisa Agrícola; Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação.

DOI – http://dx.doi.org/10.51861/ded.dmoz.2.007

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