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Acesse o e-book completo do livro – Estado e Sociedade no Brasil: a obra de Renato Boschi e Eli Diniz

08/05/2017

Acesse o livro – Estado e Sociedade  no Brasil: a obra de Renato Boschi e  Eli Diniz

Eli Diniz e Renato Boschi viram crescer uma parceria profissional e de amizade ao mesmo tempo em que acompanhavam com agudo senso analítico a evolução da composição e comportamento do empresariado brasileiro, particularmente industrial e bancário, nos últimos trinta anos. Às pesquisas conjuntas deve ser adicionada a tarefa didática da formação de mestres e doutores no antigo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), ora Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Foram muitas dezenas de aluno(a)s que se tornaram mestres e doutores sob a orientação direta de uma ou de outro, em qualquer caso expostos aos seminários por eles ministrados, e nos quais se iniciavam no aprendizado de um Brasil que buscava se organizar como democracia moderna, liberto dos 21 anos de ditadura militar. Renato Boschi ainda encontrou suficiente disposição para ocupar cargos de direção no Instituto sempre que solicitado, e com inalterada eficiência.

São oportunas e justas as homenagens materialmente preservadas, posto que a profissão de professor e de pesquisador se exerce sem que as contribuições pedagógicas e de conhecimento inovador obtenham imediato retorno, dispersas que são na memória dos estudantes e no aproveitamento silencioso de anônimos leitores. Testemunha permanente das incursões intelectuais de ambos, eu aproveitei não somente o resultado de seus trabalhos, alterando substancialmente meu entendimento de aspectos cruciais das relações entre classes privadas e agências públicas, tendo sido também beneficiado pela convivência afetuosa e cooperativa, tanto de Renato Boschi quanto de Eli Diniz. Quisera contar com competência na área de estudos em que se destacam para participar de maneira substantiva, assinando um artigo que deles merecesse aprovação. Tenho relativo senso de autocrítica, contudo, e me satisfaz a condição de leitor-aprendiz das reflexões com que regularmente gratificam
a comunidade de cientistas sociais, e não apenas brasileiros.

Bem que gostaria de me expandir um pouco em comentários sobre o apaixonante talento de Eli na interpretação de lindas canções da música popular brasileira, ou sobre o requintado paladar de Boschi na arte da comida em diálogo com vinhos. Obedeço, entretanto, a liturgia da iniciativa, mantendo esta ‘orelha’ no discreto cômodo de antessala. Mas nada impede que seus colegas e estudantes demandem a ambos a oportunidade de uma solenidade algo dionisíaca, no sentido puro da palavra, evidentemente.

 Wanderley Guilherme dos Santos


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